O moço apareceu de repente
Entre cafés, sorvetes e sorrisos
Foi fazendo-se presente
Entre olhares, beijos e frases
Renovou o desejo do querer bem
Tinha olhos gentis
Rascunhava sonhos em seu caderninho de capa azul
Admirava a beleza das formas
Caminhava sem pressa pelas ruas de Paris
Como no fabuloso mundo da suave Amelíe
Com seus petits plaisers
Ela deliciava-se ao desvendar os adoráveis mistérios daquele encontro
Deixava a imaginação flutuar ao ouvi-lo falar de seus inúmeros planos
Desejou com ele seguir
Pelos corredores do Louvre
Pelos canais de Veneza
Pelas ramblas da Barcelona de Gaudí
O destino não importa, basta estar ao lado e caminhar
Como quem acorda de um sonho bom
O viu despedir-se lentamente
Au revoir mon chérie
Já não posso ficar
Deu-lhe um beijo de boa sorte
E seguiu sem pra trás olhar
Na lembrança restam agora fragmentos sinceros
De um encontro delicado
Quem sabe um dia pronto a ser redesenhado
Por: Daniella Barbosa