quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Conferencias

Domingo 05 de outubro – Como todas as conferências da AIESEC o EBC 2008 passou voando, quando me dei conta já estávamos no último dia. O EBC é uma das 6 conferências nacionais da AIESEC na Itália e significa Executive Body Congress.




Para mim foi um momento muito especial não só por se tratar da minha primeira conferência em solo italiano, mas porque foi o momento em que conheci os presidentes dos comitês locais com quem vou trabalhar e passei a me sentir novamente parte de um time.


Presidentes dos comitês locais da AIESEC Itália

Diferente das gigantescas conferências nacionais que estamos habituados no Brasil, por aqui elas são bem menores, no EBC havia pouco mais de 100 delegados. Apesar de ser composta por 21 comitês locais a AIESEC Itália enfrenta dificuldade no crescimento da membresia. Os maiores comitês são compostos por 28 membros, cheguei a conhecer escritórios com apenas 5 pessoas.


Os números podem ser diferentes, mas a paixão e a dedicação pela AIESEC são as mesmas e isso me fez sentir bem mais segura para encarar os desafios que tenho pela frente.



É incrível como as conferências da AIESEC conseguem conectar pessoas de forma tão intensa num espaço tão curto de tempo, não foi à primeira vez em que me vi refletida nos olhos de outra pessoa e em que pude compartilhar experiências valiosas.



Construindo o futuro

Para aqueles que ainda não sabem, estou na Europa porque fui selecionada pela direção nacional da AIESEC da Itália para gerenciar por seis meses o comitê local da AIESEC em Gênova.

Ok. Mas o que é essa tal de AIESEC?

Reconhecida pela ONU como a maior organização de estudantes do mundo, a AIESEC é uma rede global formada por jovens universitários e recém-graduados, que, por meio do trabalho dentro da organização e de intercâmbios profissionais, estimula a descoberta e o desenvolvimento do potencial de liderança de seus membros para que impactem positivamente a sociedade. Hoje a organizaçao està presente em mais de 1.100 universidades, em mais de 100 países e territórios.

Pode parecer meio utopico mas funciona!!! Nos quase dois anos que estou na AIESEC tive a oportunidade de gerenciar uma equipe de atè 65 pessoas, visitar diversas empresas, participar de 6 conferencias nacionais no Brasil e uma na Itàlia, facilitar sessoes durante eventos, organizar junto com um super time um congresso internacional e conhecer gente dos 5 continentes.

Congresso Internacional 2008- São Paulo- Brasil


A AIESEC nasceu na Europa em 1948 e nesses 60 anos de existencia mudou a vida de muita gente, conectou jovens do mundo todo por meio de sonhos em comum e de muito trabalho em equipe. Somos hoje 28.000 membros espalhados pelo globo e apesar das nossas diferenças culturais falamos a mesma lingua e acreditamos que valhe mesmo a pena tentar mudar a realidade ao nosso redor.

Se interessou?Ficou curioso? Dà uma espiadinha no site: http://www.aiesec.org/

Ps: gente ta tudo sem acento por causa do teclado italiano viu!Aqui nao tem o tiuuuu!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

De trás pra frente


Domingo, 27 de setembro - Após uma noite contorcida dividindo a cabine do trem com mais cinco pessoas abro os olhos e avisto pela janela nada mais, nada menos do que a beleza do Mediterrâneo. Para quem não via o mar há 4 anos aquele foi um momento bem peculiar, mas era apenas o começo de uma série de fatos que fariam daquele dia um dos mais longos que já vivi.


Estávamos a caminho da Catania, uma cidade localizada ao sul da Itália, famosa por abrigar o vulcão Etna. Saindo de Milão foram necessárias 16 horas de trem, mais meia hora de barco e ainda uns 40 minutos de carro pra chegar ao centro da referida cidade. Acrescentemos ao trajeto o peso da bagagem e o resultado final são viajantes exaustos e famintos.

Enquanto o pessoal da direção nacional da AIESEC organizava os últimos detalhes da conferência eu supostamente estaria livre para descansar, mas as coisas não aconteceram exatamente nessa ordem.

O Roberto, também aieseco, se ofereceu pra me levar na casa em que ficaria hospedada. Como todo bom anfitrião se dispôs a me mostrar antes o centro histórico da cidade. Pensei comigo, porque não? São 5 da tarde, estou cansada mais ainda é cedo pra dormir.

O pequeno passeio se estendeu noite adentro, com direito a chuva e engarrafamento na estrada. Fomos parar em Bronte, uma cidade ao pé do Etna distante 1h30 da Catania. Motivo, visitar o Festival do Pistache. Detalhe, ninguém tinha comentado sobre esse “programinha básico”, a essa altura eu estava extremamente cansada, com fome, frio e vontade de esganar alguém.

Pizza, doces, sorvete, macarrão, crepe, salsinha, café... Tudo feito com pistache. Apesar de exóticos os pratos eram bem saborosos. Depois de experimentar algumas iguarias recobrei o bom humor, afinal não é todo dia que se visita uma feira cuja atração principal é essa coisinha verde chamada pistache.

Meia-noite e meia estávamos novamente no centro da Catania. Quando tudo indicava que finalmente eu estava indo pra casa me apresentaram Johari, um aieseco ainda mais elétrico que o primeiro. Já deu pra sacar que o dia não acabaria ali né?! Mas como se diz na minha terra: pra modo de encurtar essa prosa, vale ressaltar que a derradeira parada foi em um clube de salsa no qual ficamos a bailar até sei lá que horas, a essa altura já havia desistido de acompanhar o relógio.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Primeiros passos em terras italianas


Após algumas muitas horas dentro de aviões, trens, carros e ônibus encontro finalmente um tempinho para colocar os acontecimentos em dia. Aos amigos que tanto tem se preocupado comigo peço desculpas pelas notícias tardias.
Há exatos 15 dias desembarquei em terras italianas e de lá pra cá tenho vivido um turbilhão de coisas e experimentado todo tipo de sensação. Atravessei a Itália de norte a sul e conheci mais gente do que minha capacidade de decorar nomes.
As diferenças culturais entre as regiões são enormes, a começar pelos hábitos alimentares...Uhum!!! Ganhei alguns quilinhos na minha passagem pela Sicília, mas isso merece um capítulo a parte, prometo maiores esclarecimentos em breve.
Fui muito bem recebida por aqui, o pessoal da AIESEC tem feito de tudo pra que eu me sinta o mais confortável possível principalmente em relação ao trabalho que irei desenvolver.
Por mais estranho que pareça nem mesmo cheguei ao meu destino final. Desembarco em Gênova no próximo domingo! Até lá sigo trabalhando na casa da direção nacional da AIESEC na Itália localizada a alguns poucos passos do Estádio do Milan, em Milão.